quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Verde...


Pinhal em Vila de Rei (tirado daqui)


Saudades do verde que se estendia até onde o horizonte não permitia aos meus olhos ver mais.

Saudades de respirar o perfume suave do pinho.

Saudades de ouvir o suave marulhar do vento nos pinheiros altos.

Não mais o farei.

Quando o pinhal estiver como estava, a idade não permitirá mais que eu o ouça, o veja, o sinta.

Quem, pelo prazer, pelo dinheiro, por incúria, provoca a perda desta riqueza não merece a morte. 

Merece algo bem mais terrível, merece ir viver para o meio do Sahara. Aí aprenderá o quão valiosa é uma árvore, qualquer árvore, aprenderá a desejar ver até um cacto na distância mas será uma miragem como é miragem o pinhal que recordo de viver aqui.

O pinhal que nunca mais vou ver, ouvir ou sentir... nunca mais.

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