Pinhal em Vila de Rei (tirado daqui)
Saudades do verde que se estendia até onde o horizonte não permitia aos meus olhos ver mais.
Saudades de respirar o perfume suave do pinho.
Saudades de ouvir o suave marulhar do vento nos pinheiros altos.
Não mais o farei.
Quando o pinhal estiver como estava, a idade não permitirá mais que eu o ouça, o veja, o sinta.
Quem, pelo prazer, pelo dinheiro, por incúria, provoca a perda desta riqueza não merece a morte.
Merece algo bem mais terrível, merece ir viver para o meio do Sahara. Aí aprenderá o quão valiosa é uma árvore, qualquer árvore, aprenderá a desejar ver até um cacto na distância mas será uma miragem como é miragem o pinhal que recordo de viver aqui.
O pinhal que nunca mais vou ver, ouvir ou sentir... nunca mais.
Sem comentários:
Enviar um comentário